pássaros não têm peso
ninguém é poleiro de pardal viva
(pululando a três metros
fugidio, nunca tangível)
presença fantasmática
nem encosta num morto no chão
(patinhas para cima
bico tornado oblíquo pelo
pescoço truncado)
a textura da pena imagina-se
emprestamos corpo ao que é
intuída sombra e frágil luz
não é porque pássaros não têm peso
que alçam vôo
Um ensaio – O ouriço e a raposa, Isaiah Berlin (Civilização Brasileira, 160
págs.). Outro – Pensar com as mãos, Marília Garcia (Martins Fontes, 256
págs.)....
Nenhum comentário:
Postar um comentário