a terra vermelha invade pelo ouvido
áspera, retém na memória
pegadas para indicar o local
exato onde devem depositá-lo
para que ouça ribombar um peito
no subsolo
receosa em entregar o guardado
por tanto tempo para este momento,
a terra estremece em contato com
a pele de extinto frêmito
terra virgem, ventre selado por passadas
ruínas, rotas e travessias
nunca d'antes auscultadas
a terra floresce com
o corpo que fenece.
Um ensaio – O ouriço e a raposa, Isaiah Berlin (Civilização Brasileira, 160
págs.). Outro – Pensar com as mãos, Marília Garcia (Martins Fontes, 256
págs.)....
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