um tigre, no que se aproxima, mais ladino que
feroz não indaga nem coloca diante da presa uma prova de títulos
sem tentar convence
valida a si mesmo e ao que carrega
das listras à postura, transpira uma auto-confiança
que não precisa berrar
ela existe até na maneira com que a pelagem ondula
quando a mãe tigre corre em caçada
o tigre existe, não precisa de um espelho
pra dizer isso
discordo do borges,
o tigre não precisa da faca do onceiro,
discordo com vontade,
é o onceiro que deve o nome de sua profissão
ao objeto:
o algoz deve o nome da profissão à atividade
a vítima acontece,
casualidade.
Um ensaio – O ouriço e a raposa, Isaiah Berlin (Civilização Brasileira, 160
págs.). Outro – Pensar com as mãos, Marília Garcia (Martins Fontes, 256
págs.)....
Nenhum comentário:
Postar um comentário