quarta-feira, 21 de setembro de 2011

violão contra a parede
recostado como um mendigo sem ser
dizendo que não é
papelãozinho explicativo meio que de museu
sem chapéu à frente
mas quase pedindo

a voz cava de tango retumba num ar de ordem
que a gritaria dos carros perde

não sei, parece de propósito ter
escolhido lugar justo embaixo da placa
que fala dele, que é a de sujeito a guincho

Um comentário:

vitor disse...

saudade desse meu amigo poeta.
saudade de vc, das suas poesias e do seu brilho. Espero que esteja bem, Hugo!

um grande abraço.