Os girassóis adquirem sempre
A cor de seu norte
Os azuis, marítimos oblíquos,
Incertos, apanham as carpideiras e os
Entregam aos namorados
Que os envergam na lapela
Do vermelho faz-se uísque
Ou fermentado qualquer
Não me admira que andem por aí
Trôpegos, caindo pelas ruas
Isso quando não dão para o jogo
Os amarelos quando não servem de
Lampião ou querosene
Iluminam o caminho de uma lamparina
Maior que flutua pouco acima
Sem mencionar os verdes
Que se camuflam disfarçados
de trevos, pois são vegetarianos
Pacifistas e vendem colares e pulseiras
O girassol de treze pétalas
Nasce invariavelmente rosado,
Sedento por leite
Se algum dia cresce, fica escuro,
Malhado ou com pintas
E tenta ganhar a vida como
Malabarista no semáforo
Uma performance – Doechii no Tiny Desk Concert (aqui). Um filme simpático –
Daaaaaali!, Quentin Dupieux. Um filme sádico – o primeiro Speak no Evil,
Christ...