Os girassóis adquirem sempre
A cor de seu norte
Os azuis, marítimos oblíquos,
Incertos, apanham as carpideiras e os
Entregam aos namorados
Que os envergam na lapela
Do vermelho faz-se uísque
Ou fermentado qualquer
Não me admira que andem por aí
Trôpegos, caindo pelas ruas
Isso quando não dão para o jogo
Os amarelos quando não servem de
Lampião ou querosene
Iluminam o caminho de uma lamparina
Maior que flutua pouco acima
Sem mencionar os verdes
Que se camuflam disfarçados
de trevos, pois são vegetarianos
Pacifistas e vendem colares e pulseiras
O girassol de treze pétalas
Nasce invariavelmente rosado,
Sedento por leite
Se algum dia cresce, fica escuro,
Malhado ou com pintas
E tenta ganhar a vida como
Malabarista no semáforo
Uma exposição – Thomas Farkas no IMS. Um disco – Lives Outgrown, Beth
Gibbons. Um livro de poemas – Blue Dream, Sabrinna Alento Mourão (Círculo
de Poemas, ...
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