Apanho-a segundos antes
De que espatife no chão, antes que alguem veja
Que eu deixei cair, seu trajeto
Abtruso abre um túnel no ar
É vedada a vista de seu percurso
Vejo-a rolando em direção à borda da mesa
E a veria no chão em mil pedaços
Se não a tivesse capturado a tempo
Minhas pálpebras viram o caminho
Recolhi-a apalpando as ondulações
Rastros delicados, dunas
Na superfície do éter (galgáveis apenas
por camelos treinados)
Li-a, atando digitais ao ar
Aparei queda vindoura e urgente
Contra o decálogo que vige nestes casos
Labirínticos, em cujas curvas a detive.
Uma exposição – Thomas Farkas no IMS. Um disco – Lives Outgrown, Beth
Gibbons. Um livro de poemas – Blue Dream, Sabrinna Alento Mourão (Círculo
de Poemas, ...
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