tem que ser diferente do que trabalha
e toma ônibus
enquanto o meu corpo jazeria
o dia inteiro, o resto da vida
na cama, levanto poeira com
impensadamente sair andando
no meio de um sonho senão
me atrasaria para a aula
o corpo que não dorme estendido
na calçada, a multidão ignorando,
é o mesmo que passa a noite
digitando sei lá o quê
visualizando sei lá o qual
preparando sei lá o onde
esse corpo chega perto de acordar
tão perto quanto o sono o não prende
meus dedos o computador represou
e meus olhos alguém levou embora
se sobrei alguma coisa sou migalha
de pixel insone
preciso parar
antes que o tempo me atropele
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