sexta-feira, 2 de julho de 2010

lá depois do campo aberto
o corpo vê um barco acenar a distância

por entre cimentos abissais e construções
um raio-x atravessa o ar
e atraca à beira do lago

ondulante vento
ondulante água

ondulante corpo
sob o sol vigilante
a trêmula miragem

que a memória é
achou ver o barco

uma sombra sugeriu o barco
tão liqüefeito quanto o lago
e o corpo acreditou

2 comentários:

Anônimo disse...

Viu o que bem quis, e ficou feliz.

Pedro Couto disse...

mireeveja: gostei desse bem.