na minha contra-mão
com um rosto antigo de vincos
carregava sacolas na esquerda
e uma criança na direita
diferente rosto
nadávamos incógnitos na estrada menos percorrida
carros alheios são parede daquele corredor
que contorna
não se insere no labirinto que duas pessoas são
na minha contra-mão com um rosto límpido
se a expressão é o que pensou,
a vontade da criança de ir aos lugares
que a proteção da mão que a segura impede
também é uma máscara igualzinha
eu de volta
eu no princípio da descoberta
achando aquilo inédito mais uma vez
meus arregalamentos inauguraram as coisas
estranhas num começo derivando a grotescas
um meu espirro checou em torno e encontrou saída;
antes que alguém puxasse assunto
passar direto evitar que cutuque
pior que papagaio no ombro
pior que mariposa ser um tapa-olho
eu de vinda e ele de volta
mas à sombra da parada de ônibus ainda é só
o homem vestindo máscara cirúrgica
Hoje eu sonhei com essas grandes torres em que todas as pessoas
privilegiadas do mundo moravam juntas.
Teoricamente só existia paz e riqueza.
Mas como ...
Um comentário:
Acho que não estou num bom dia para poemas.
Na contra-mão as coisas andam muito ais rápido, e não prestei muita atenção. hehe
Faz parte!
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