Um pássaro entra pela fresta no teto
E pousa na luminária
Azul com laivos negros paira
Imóvel em seu trajeto
Onde terá o ninho?
Saberá daqueles cuja marcha:
Percurso abjeto,
que,
Por ignorar, o comparam?
A quem os rege e exara
Cuco, pássaro-objeto
Gaiolas por asas
Engrenagens decerto
Com seu arrulho discreto,
Dois ponteiros por patas
Adeja pontual, corriqueiro e correto
Pássaro-máquina separa
Encarcerado, prende a grilhões
“Tudo é cômico”, diz Thomas Bernhard numa entrevista de 1976, na qual é
perguntado se há diferença entre o tom das peças que escrevia e o tom de
suas respe...
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