A mãe chamava de bagunça,
balançar de pernas pro ar, chutando nuvens.
O avental sujo à porta, às vezes virava de costas,
trancava-se.
A menina no balanço deixava a mãe, assistindo da janela
enquanto lavava pratos, apreensiva;
sempre podia cair bater a cabeça,
ou um vento arrastá-la pelos ares:
levantando-lhe o vestido, jogando seu corpinho de cabeça
contra uma árvore. A menina conversa com pássaros
mas disso a mãe não sabe.
2 comentários:
Viver é um perigo mesmo.
Parte de ser mãe (ou pai) é encontrar o limite correto para a liberdade dos filhos, nem que isso possa custar alguns galos na cabeça.
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