sentada nos banquinhos
que alguém deve ter cobrado taxa extra
para posicionar debaixo do prédio
ali sob as árvores
, que ninguém usa
de onde é possível flagrar o porteiro
dormindo em sua guarita
e classes-média de relance às janelas debruçados
banquinhos brancos
que assistiram passar cachorros,
donos de cachorros e caminhantes;
todos perturbados por folhas crepitando ao
ser pisadas
uma bicicleta eventualmente atravessa os olhos
é neles (pintura semi-nova,
pio de pássaros) e a partir de dormir neles
olhando no alto o enroscar das nuvens
que ela pensa
Um texto – Joshua Rothman, a IA e a leitura (aqui). Outro – Adriano
Scandolara e a prosa romanesca (aqui). Uma edição – Nossa Vingança é o
Amor, Cristina P...
Um comentário:
Ahh se os banquinhos falassem!
Postar um comentário