Brasília é o céu de pernas abertas
Esperando concreto que a penetre
Virgem insólita largada no meio do deserto
Pedindo carona às tábuas de argamassa que a
defloram
Geme e rodopia sozinha, acompanhada e satisfeita
Ao som de Tom Jobim em versão maracatu
Música daquela primeira vez
Não houve dor, não houve gozo
Houve o sim da descoberta
Dos muitos que a tentaram, mas não conseguiram
Dar ainda um filho
Será que é infértil?
Não, é só uma fase e passa
“Sei o que é quando vejo”, disse celebremente o juiz Potter Stewart sobre
pornografia. Numa passagem de O ódio pela poesia, que ganha agora edição
brasilei...
Nenhum comentário:
Postar um comentário