Brasília é o céu de pernas abertas
Esperando concreto que a penetre
Virgem insólita largada no meio do deserto
Pedindo carona às tábuas de argamassa que a
defloram
Geme e rodopia sozinha, acompanhada e satisfeita
Ao som de Tom Jobim em versão maracatu
Música daquela primeira vez
Não houve dor, não houve gozo
Houve o sim da descoberta
Dos muitos que a tentaram, mas não conseguiram
Dar ainda um filho
Será que é infértil?
Não, é só uma fase e passa
Um ensaio – O ouriço e a raposa, Isaiah Berlin (Civilização Brasileira, 160
págs.). Outro – Pensar com as mãos, Marília Garcia (Martins Fontes, 256
págs.)....
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