sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Paralipse

Prosaico mora longe
Pega três ônibus para ir trabalhar
De contínuo
E não sai para beber cerveja com
Os colegas depois da jornada

Poesíaco habita escondido, sobe nas árvores
E tira fotos com detalhes fora de foco
De si, do outro, de seu
Mundo, dos outros mundos e
do mundo dos outros

Insólito quando trombam na rua
Um sem graça ajeita a lapela
Faz menção de seguir caminho
O outro o abraça e recolhe
Gentilmente a pasta que caíra

Não que o um seja rude,
Mas
Já haviam trombado outras vezes
E Poesíaco o desconcerta

Não que o outro seja assim tão afável,
Mas
Já tentara trombar com um na rua e
Falhara: Prosaico o aturde

Um comentário:

Raquel Morais disse...

Ei, Hugo! Eu entrei! Tou comentando num post mais antigo mas creio que ainda assim você vá ver... E olha, eu adorei essa poesia (ou seria poema? Não sei diferenciar =/), em especial! Vou continuar lendo mais um pouquinho, que por agora não vou conseguir parar hehe Parabéns! :*