sábado, 10 de outubro de 2009

Suspiros Soviéticos

Os campos vastos de centeio inculto,
Pinheiros e lagos de superfície rígida
São um espinho que me fere
A alma
Florestas robustas como as mulheres
Da terra, cujos rostos ruborosos
Lembram
O por-do-sol sangrento deste

Vasto Cáucaso
Fértil terra de meus ancestrais
Seus montes ressoam à luz
Da lua dos lobos
Ó tártaro deserto infinito, inferno
                                               [romano

Os vales e as colinas já não mais abrigam
Recordações dos tempos
De jogos entre os juncos
Dos pântanos
Em rompantes me vens à mente
Bosques que crepitaram
Sob meus pés já não existem

São memória morta como
A lenha do fogo extinto de
Minha choupana

2 comentários:

Pedro Couto disse...

por uma geografia poética

gostei muitíssimo de ler!

Katrina disse...

Caucáso sustentava o mundo, e ainda sustenta alguns dos meus sonhos. Principalmente de brincar de Lênin por um dia

=*