À deriva
Pervago um oceano
De certezas
Sem terras firmes, ancoradouros
Com as velas cortadas
E amarras roídas
Ela me deixa, dizendo:
É doce morrer no mar,
Corpo às intempéries
Meu trirreme ruiu
No caminho entre Tiro
E Trípoli
Uma tempestade
Quebrou o timão
E jogou o servente
Do cesto da gávea
A culpo por não salvar
o barco ou salvar a mim
Mantendo-me aprisionado
À grande planície azul
A seu bel-prazer
Uma exposição – Thomas Farkas no IMS. Um disco – Lives Outgrown, Beth
Gibbons. Um livro de poemas – Blue Dream, Sabrinna Alento Mourão (Círculo
de Poemas, ...
6 comentários:
já pensou no caso dela não saber nadar, e por isso, não ter te salvado?
haja dicionário pra compreender esse moço....
Sempre temo comentadores anônimos, ainda mais os que eu não conheço. Assim sendo, indago à Luci: Quem és, ó comentadora que chega, diz que não entendeu as palavras das minhas poesias e se vai para sempre?
Tão a cara de algumas aulas de Renascimento essas referências metafóricas ao mar e às ondas. By the way, respectuflly being a pirate wannabe, I luv it.
PS: Fato engraçado, as letras que devo digitar pra postar este comentário são "toscomar". Hahahahaha
respectfully*
Ei, como você ousou dizer que meu comentário aqui também foi engraçadinho? Eu disse que amei o poema.
"A culpo por não salvar
o barco ou salvar a mim"
E se fosse salvar ou o barco, ou você, ou Os Lusíadas, hein?
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