Uma folha cai
Com o menor ruído
Discreta sem alarido
Como num haicai
Como nua cai
O sono a arranca da noite
A põe em outro dia
Em suspensão se esvai
Num lapso não apto, num açoite
Desmantelando harmonia
Rompe o compasso havido,
Fora-de-si, vai
Arguta subtrai-se
Tendo uma folha sido
Como lua sai
À caçada fazendo corte
Às outras em agonia
As escamas de um samurai
A espada, pecíolo comprido
Um êxtase presidido
Por um harakiri a mais
Uma exposição – Thomas Farkas no IMS. Um disco – Lives Outgrown, Beth
Gibbons. Um livro de poemas – Blue Dream, Sabrinna Alento Mourão (Círculo
de Poemas, ...
5 comentários:
凄いね
Pois é, me veio uma imagem surrealista, samurais arrancando meus sonhos. Enfim, fiquei encantada, com o poema, com os demais poemas e com a pessoa que faz tudo isso, há
=*
lol@ the first message.
I'll save a prayer for the locust.
Adorei o poema. E, er, achei fálica a referência à espada na última estrofe. Não me diga o quanto sou louca, apenas estou falando o que pensei lendo. Liberdade para os leitores.
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