segunda-feira, 1 de março de 2010

arestas de cotidiano/ à undécima hora

acho que levei uma multa outro dia
comprei os cigarros mas não tinha isqueiro
não deixa cair o violão
eu te espero
preciso subir e buscar o ingresso
não era um pássaro era uma borboleta grande
pára aqui
ficou parecendo o willie caolho
é rápido já volto pode esperar ali
olha a lua
por que você derramou
ele tem sido arrogante em relação a mim
sob impressão de estar tendo recaídas em relação a ela
prefiro frio não precisa desligar
busca lá
abaixa o volume
passos na noite calçada vazia
vou de escada
prazer
meu batom acabou
será que precisa comprar gelo
ela morava num edifício chamado marcel proust
é uma questão de epistemologia comparada
esse não precisa de receita médica
vontade de tomar sorvete
o que foi esse barulho
imagina não há de que
quem lembrou de trazer copos
a cada amanhecer seu olhos comigo
não conseguiria não caindo do décimo quinto andar

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