nuvens: versos brancos arranham de raspão não o céu
rimas imperfeitas entre si assimétricas malabares na rua deserta
um quarto entupido de gatos se deslocando com o vento
encima da pia no parapeito das janelas debaixo das camas
nos corredores e nas luminárias sob papéis em gavetas
nos olhos que mudam de cor pela posição de sol
na voz cansada que não muda de tom não modula
“Tudo é cômico”, diz Thomas Bernhard numa entrevista de 1976, na qual é
perguntado se há diferença entre o tom das peças que escrevia e o tom de
suas respe...
Um comentário:
Ainda bem que você me lembra sem querer lembrar o que eu tinha pra te dizer mas por falta de meios não digo. Estou gostando de gatos.
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