o horizonte de papel em chamas
pôde ser mentira se não pudessem tocá-lo com os dedos
queimar um enxame de dedos que tenta tocar
pôde ser mentira e tudo pôde ser diferente
conhecer pessoas ninguém conhece mesmo
mas pôde ser obrigado a vagar sozinho
gosto de cigarro na garganta
iluminado por algo que é apenas cenário
que todos querem ter em mãos
acariciar o sol e o que o sustenta
acariciar o rosto da lua que sorridente
maré maresia por cima do muro
de pé aprecia encima do muro
merecendo não merecendo
o céu na palma da mão
no castanho dos olhos mais aqui
“Sei o que é quando vejo”, disse celebremente o juiz Potter Stewart sobre
pornografia. Numa passagem de O ódio pela poesia, que ganha agora edição
brasilei...
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