a estrada silencia atroz entre sombras
estátuas guilhotinadas pelo vento
espantam pássaros que pousam nos ombros
este carro morreu o deserto o apunhalou
discursivamente
é um ponto
uma quantidade discreta de vontades
que rola pelo vazio;
o espaço entre o pneu e o asfalto
pane e pânico entre quem viu
o vento varrer a poeira
à beira da vertigem
Um livro – Adeus a Berlim, Christopher Isherwood (Companhia das Letras, 248
págs.). Uma montagem – Deserto, Luiz Fernando Reis. Um filme duro – Abril,
Dea ...
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