terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

se minhas mãos sangrassem
com meus olhos fixos num ponto que está tão longe que não enxergo
eu  saberia que essa brisa é você ao meu redor
e o mundo não seria um labirinto de nuvens negras indiscernível.

se os pássaros empoleirados na linha do horizonte enxergassem a minha deriva
as casas que destruí dos titãs que insultei
esquecendo
do resto e de que há um resto
eles me rosnariam
o mundo não é este ponto tão longe
e o ponto não é este mundo tão longe
que nunca atingiria
nem se meus pés descalços soubessem o caminho.

Um comentário:

Anônimo disse...

"o mundo não é este ponto tão longe
e o ponto não é este mundo tão longe"

Nós e esta eterna dicotomia,
espaço e tempo,
pura relatividade!


Adorei o texto!