se minhas mãos sangrassem
com meus olhos fixos num ponto que está tão longe que não enxergo
eu saberia que essa brisa é você ao meu redor
e o mundo não seria um labirinto de nuvens negras indiscernível.
se os pássaros empoleirados na linha do horizonte enxergassem a minha deriva
as casas que destruí dos titãs que insultei
esquecendo
do resto e de que há um resto
eles me rosnariam
o mundo não é este ponto tão longe
e o ponto não é este mundo tão longe
que nunca atingiria
nem se meus pés descalços soubessem o caminho.
Um livro – Adeus a Berlim, Christopher Isherwood (Companhia das Letras, 248
págs.). Uma montagem – Deserto, Luiz Fernando Reis. Um filme duro – Abril,
Dea ...
Um comentário:
"o mundo não é este ponto tão longe
e o ponto não é este mundo tão longe"
Nós e esta eterna dicotomia,
espaço e tempo,
pura relatividade!
Adorei o texto!
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