sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

não sei como começar este poema
a fileira de carros relincha ao me redor esperando o semáforo
abrir para poderem me atropelar
enfileirados o barulho dos motores esconde
por trás da pressa, xingam eu sei
não deveria estar aqui
todo mundo disse que não podia ser bom vir aqui
é um jeito fácil de ganhar dinheiro

rezando pela ausência de vento
pássaros e crianças atravessando a toda velocidade
pela ausência de um motoboy que avance o sinal
arruine tudo

não sei começar, tiro as facas do bolso
e começo

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