domingo, 21 de março de 2010

nuvens: versos brancos arranham de raspão não o céu
rimas imperfeitas entre si assimétricas malabares na rua deserta
um quarto entupido de gatos se deslocando com o vento

encima da pia no parapeito das janelas debaixo das camas
nos corredores e nas luminárias sob papéis em gavetas
nos olhos que mudam de cor pela posição de sol
na voz cansada que não muda de tom não modula

Um comentário:

eloisa disse...

Ainda bem que você me lembra sem querer lembrar o que eu tinha pra te dizer mas por falta de meios não digo. Estou gostando de gatos.