quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

bem-me-quer

em cada nascer do sol que perdi
resumido neste
a promessa, um sorriso antigo de volta

em cada pôr
do sol
um céu que vai
a luz que falta
para completar meu corpo
caminhos que trombam não deixam marcas
seu olhar que afasta lentamente é uma trilha de gaivotas extraviadas

demole quem sou
fratura o que quero

pulveriza as mariposas ao redor da luminária
da noite passada em claro
em vão
que vão, perguntas sem respostas

trovejam versos que respingam
confundo com lágrimas com risadas

violão perde as cordas vocais
cinzeiro transborda
inunda
saio logo de manhã

ver o mundo-berro-de-recém-nascido
sem saber o que você me depara

Um comentário:

Clara disse...

cada nascer e pô-do-sol é uma vida inteira.