quinta-feira, 8 de abril de 2010

enquanto ela não sai do trabalho

Seus olhos outros farfalhar
numa sala de repartição
espero burocrático lendo uma revista
meu rosto mesmo
escorre imitando as horas
nem um barulho se ouvia.

teclas copos plástico amassando
as rachaduras no sofá
telefone longe janela mostra o que perdeu
gravatas
pilhas de relatórios registram
jornada papéis e esmalte roído
café e galões 
respostas em prontidão a perguntas que ninguém fez

o relógio de ponto 
põe fim a ela sem mim.

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