meus feitos de aerossol
dedos, poemas, sorrisos pulverizados
flutuam partículas de mim esbarrando em outras
como se esse momento/ esbarrar/ pudesse durar dias
em suspensão ao meu redor se precipita um mundo a parte
em que reflexos inadvertidos em espelhos mentirosos brigam com
grandes superfícies de água que também não dizem como são quem
habite quem habite o que se precipita em mim ao acaso de ver
e sonhar que vi e encontrei, que o meu pó boiando no ar
é de antes dos outros de antes de perder mal-
desenhados na areia feitos de aerossol
Um livro – Adeus a Berlim, Christopher Isherwood (Companhia das Letras, 248
págs.). Uma montagem – Deserto, Luiz Fernando Reis. Um filme duro – Abril,
Dea ...
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