terça-feira, 18 de maio de 2010

minha fronteira se dilui na sua
em você
corpos entremeados em ebulição trêmula

minha fronteira se constrói à sombra
de beijo de aeroporto
de manchas no território da nossa cama

há quatro dias sem escrever
o que espera é sorriso
na linha de chegada

esta caneta risca essa janela
tinta no vidro
no céu estilhaçado

um pássaro distrai
a curva é à esquerda

sua fronteira é assim
se espalhando sem cercas
me demarcar
desenhar um mapa na terra conjunta da pele que compartilhamos
ásperas macias que se encontram
que se tocam
correnteza de um contra o outro
sabidos de cor os barulhinhos

vou mesmo dizer que volto
para voltar a dizer te amo
é claro
e logo

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