minha fronteira se dilui na sua
em você
corpos entremeados em ebulição trêmula
minha fronteira se constrói à sombra
de beijo de aeroporto
de manchas no território da nossa cama
há quatro dias sem escrever
o que espera é sorriso
na linha de chegada
esta caneta risca essa janela
tinta no vidro
no céu estilhaçado
um pássaro distrai
a curva é à esquerda
sua fronteira é assim
se espalhando sem cercas
me demarcar
desenhar um mapa na terra conjunta da pele que compartilhamos
ásperas macias que se encontram
que se tocam
correnteza de um contra o outro
sabidos de cor os barulhinhos
vou mesmo dizer que volto
para voltar a dizer te amo
é claro
e logo
“Tudo é cômico”, diz Thomas Bernhard numa entrevista de 1976, na qual é
perguntado se há diferença entre o tom das peças que escrevia e o tom de
suas respe...
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