minha fronteira se dilui na sua
em você
corpos entremeados em ebulição trêmula
minha fronteira se constrói à sombra
de beijo de aeroporto
de manchas no território da nossa cama
há quatro dias sem escrever
o que espera é sorriso
na linha de chegada
esta caneta risca essa janela
tinta no vidro
no céu estilhaçado
um pássaro distrai
a curva é à esquerda
sua fronteira é assim
se espalhando sem cercas
me demarcar
desenhar um mapa na terra conjunta da pele que compartilhamos
ásperas macias que se encontram
que se tocam
correnteza de um contra o outro
sabidos de cor os barulhinhos
vou mesmo dizer que volto
para voltar a dizer te amo
é claro
e logo
Uma exposição – Mira Schendel no Tomie Ohtake. Um livro de poesia –
Acrobata, Alice Sant’Anna (Companhia das Letras, 82 págs.). Um depoimento –
Ed Motta no...
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