terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ao invés do inverso do verso no inverno protesto

Acordei do que era feito no que será ainda
Aquele cigarro e aquela calçada me dizem isso
Quando chamam minha atenção
Pedindo para que eu escreva sobre eles
Acordei do que era feito como alguém que mergulha
Ao contrário, da água pulando na terra
Na que será ainda construída encima da carcaça
Das antigas
Aquela nuvem e o mofo nos livros me disseram
Isso uma vez e agora me dizem
Que tenho pouco a perder e menos ainda a ganhar
Hoje pois caí no que será ainda
Embora nem os ventos do que escrevo nem
Minha jaqueta caindo aos pedaços
Nem meu isqueiro moribundo agonizante
Possam me dizer que eu posso recuperar algo por aqui
E só porque eu perdi nada ainda

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