Mosquitos me devoram enquanto espero
Parado encostado na parede
Cigarro fumegante entre dedos
Ônibus fático e moto fálica mudos
Falante só o vendedor que me aborda
Quase sempre de olhos baixos
embora grite yakisoba relógio flor
O poste já apagou
As nuvens me descobrem sob a marquise
Cobrindo a lua estofando o ar
Com espumas incandescentes
Carregando pilhas de papelão
Na carroça passam sem dizer nada
E vão
Enquanto esperam por mim (será?)
devoro mosquitos sob minha pele
Um romance – Autobiografia do Vermelho, Anne Carson (Ed 34, 192 págs.). Um
texto – Karl Ove Knausgaard sobre Os Irmãos Karamázov (aqui). Um filme
– Bird, A...

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