domingo, 20 de dezembro de 2009

Elegia soviética

Para Dona Nídia de Miranda in memoriam

andropov é o poder ao povo
sobre as máquinas e o dinheiro
acumulado nas mãos de poucos
não mais

brejnev distensão e batalha
mortal rindo de watergate
arrecada e trabalha
para todos

kruschev não continuísta
renovador
quase anti-trabalhista
ri do vietnam do sul

tchernenko estertor agônico
canto do cisne do que funcionou
a todo vapor, irônico
seu sucessor

gorbachev abre as pernas de tudo
para um capital doentio
numa virada absurda
de reformas inconsequentes

stalin máquina de guerra
não sabe o que são estatísticas
e os mortos que enterra
contribuíram

lênin fundador de  fábricas
e de sociedades paradisíacas
derrama última lágrima
por sua entusiasta

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