Algo ecoa dentro da cabeça
Um seixo que bate
E reverbera sempre que
Acham que ele tinha ido embora
Algo ecoa nas veias nos pulmões
e no sexo
Uma marca que ninguém quer para si
Mas que diz viveu-se amou-se respirou-se
Ou não
Uma tatuagem dentro
Uma mancha de nicotina dentro
Um sorriso dentro
Do vômito inunda as ruas
E que ninguém quer para si
Finge-se invisível para penetrar
Nas casas e em tudo
Afogando todos os viventes do local
Que negaram haver esta marca
e que não a vestiram em sinal
de desprezo à vida que cauteriza
deixando as piores cicatrizes
Inquisição à la conto do cortázar sobre fumigação
Uma exposição – Thomas Farkas no IMS. Um disco – Lives Outgrown, Beth
Gibbons. Um livro de poemas – Blue Dream, Sabrinna Alento Mourão (Círculo
de Poemas, ...
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