Assustado desprevenido
recolho escombros de mim so
nolento
pedaços do que fui
tentando esquecer o que
sou o que fiz
cato todo tipo de restos
que caem do meu corpo
à medida que morro
já procuro nada
está tudo perdido
soterrado o corpo vejo a mão
que pede ajuda por entre
escombros
outro dia mexendo uns livros
velhos
achei duas notas fiscais daquel
es tempos
de cafés na rua nove
e lembrei do frio que me
perpassa e desmorona
retive seu sorriso de então, acredita?
daquela madrugada em que choveu conosco lá
Um romance – Autobiografia do Vermelho, Anne Carson (Ed 34, 192 págs.). Um
texto – Karl Ove Knausgaard sobre Os Irmãos Karamázov (aqui). Um filme
– Bird, A...

Um comentário:
Eu fico me fazendo dos pedaços (e notas fiscais)
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