Se o dia amanheceu bonito
devem ter regado com a noite
chovendo lágrimas sem orvalho
os canteiros de sentidos que agora
florescem como girassóis procurando
os grãos de pólen da luz para germinar
se o dia amanheceu feio refletido em escritos
cinzentos de nuvens trazidos
calmos sem relâmpagos como o dia
a que almejei
o vejo assim mesmo
borrado
água demais
teto branco baixo demais
faróis que ofuscam mais que o sol que substituem
a própria poesia sai muito densa
palavrosa demais pretendendo o que não devia
os postes não são duchas tão boas
para quem volta para casa tarde
ou prefere se abrigar sob os bancos
Uma série – Adolescence. Um podcast – Coisa que não edifica nem destrói.
Uma memória – Brian Burrough e a antiga Vanity Fair (aqui). Uma edição – O
ódio pe...
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