Este poema é breve porque sei
que me espera nada
chaleiras apitam à passagem dos fios
cortados do que fui
com lágrimas de vapor prenunciam minha urgência
de marionete
em articular
por impostação fazer crer que sou
que penso escrevo e logo insisto
a luz do palco me cega
mudo não comunico com o zunido surdo
do que implora para ser escrito
descrito
transcrito
proscrito
subscrito
Um romance – Autobiografia do Vermelho, Anne Carson (Ed 34, 192 págs.). Um
texto – Karl Ove Knausgaard sobre Os Irmãos Karamázov (aqui). Um filme
– Bird, A...

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