Este poema é breve porque sei
que me espera nada
chaleiras apitam à passagem dos fios
cortados do que fui
com lágrimas de vapor prenunciam minha urgência
de marionete
em articular
por impostação fazer crer que sou
que penso escrevo e logo insisto
a luz do palco me cega
mudo não comunico com o zunido surdo
do que implora para ser escrito
descrito
transcrito
proscrito
subscrito
Um livro – Adeus a Berlim, Christopher Isherwood (Companhia das Letras, 248
págs.). Uma montagem – Deserto, Luiz Fernando Reis. Um filme duro – Abril,
Dea ...
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