Amanhã fico em casa
pensando na vida
se o amor é ferida
que quero curar
se tem algo de abrigo
se é apenas castigo
se devo esquecer
ou se devo lembrar
a luz que me engole
me leva a sentir
que tenho algo a perder
sem você aqui
o que tive a perder
o que tenho escondido
agora repito
pra você reparar
mas não me arrependo
te quis e te entendo
se sou tão sensato
e sem medo de errar
me faço a pergunta
retorno ao assunto
quero saber
sem que te doa
sem que justifique
cada erro meu
sem que te faça
parar e hesitar
não uso o passado
não uso o pretérito
sem futuro também
pra nos planejar
uso o que tenho
é uma vontade
continuar e reter
o que houve de bom
nada houve de ruim
sem deixar de aprender
não mais padecer
não antecipar
apenas viver
mantendo o vício
errando sempre
(é inevitável)
sem medo de amar.
Uma exposição – Mira Schendel no Tomie Ohtake. Um livro de poesia –
Acrobata, Alice Sant’Anna (Companhia das Letras, 82 págs.). Um depoimento –
Ed Motta no...
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