quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Você perguntou o que farei amanhã

Amanhã fico em casa
pensando na vida
se o amor é ferida
que quero curar

se tem algo de abrigo
se é apenas castigo
se devo esquecer
ou se devo lembrar

a luz que me engole
me leva a sentir
que tenho algo a perder
sem você aqui

o que tive a perder
o que tenho escondido
agora repito
pra você reparar

mas não me arrependo
te quis e te entendo
se sou tão sensato
e sem medo de errar

me faço a pergunta
retorno ao assunto
quero saber
sem que te doa

sem que justifique
cada erro meu
sem que te faça
parar e hesitar

não uso o passado
não uso o pretérito
sem futuro também
pra nos planejar

uso o que tenho
é uma vontade
continuar e reter
o que houve de bom

nada houve de ruim
sem deixar de aprender
não mais padecer
não antecipar

apenas viver
mantendo o vício
errando sempre
(é inevitável)
sem medo de amar.

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