A lira desafinou
o compasso desandou e não sou senão poeta
prédios tão altos
e noites tão escuras
firo tatuo o papel com o que não importa
jogo a bituca em qualquer lugar
minha respiração se deixa entrecortar
por ruídos de pneus
e sinais de fumaça
jogo a garrafa em qualquer lugar
perdi o último ônibus
se há uma orquestra destartalada por tŕas
e um infinito abusado pela frente
por que escrever?
Uma exposição – Thomas Farkas no IMS. Um disco – Lives Outgrown, Beth
Gibbons. Um livro de poemas – Blue Dream, Sabrinna Alento Mourão (Círculo
de Poemas, ...
Um comentário:
"jogo a bituca em qualquer lugar". Fumante é tudo folgado.
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